quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Crises da Guerra Fria (1956 — 1962)

Revolução húngara (1956)
Em 1956, os húngaros tentaram se sublevar contra Moscou, numa rebelião que durou 12 dias (23 de Outubro a 4 de Novembro). Buscavam a independência política da Hungria, mas foram reprimidos violentamente pelos soviéticos e pela própria polícia de estado húngara. O resultado, ao contrário, foi a instauração de um governo pró-soviético ainda mais opressor e ditatorial.

Guerra de Suez (1956)
O rei do Egito, pró-europeu, foi derrubado por Gamal Abdel Nasser em 1953, que procurou instalar uma política nacionalista e panarabista. Sua primeira manobra política de efeito foi a guerra que declarou contra o recém-criado estado de Israel, porque eles teriam humilhado os árabes na Guerra de Independência Israelita. Com os clamores de outros países árabes para uma nova investida contra os judeus, Nasser aliou-se à Jordânia e à Síria.
Na mesma época, Nasser teria declarado a intenção de nacionalizar o Canal de Suez, que era controlado majoritariamente por franceses e britânicos. Isso preocupou as duas potências, que necessitavam do canal para seus interesses colonialistas na África e Ásia. Assim, a França, o Reino Unido e Israel decidiram formar uma aliança, declararam guerra ao Egito de Nasser e cuidaram da ocupação do Egito. Os europeus cuidaram de bombardear e lançar pára-quedistas em locais estratégicos, enquanto os israelitas cuidaram da invasão terrestre, invadindo a península do Sinai em poucos dias.
A guerra no Egito perturbou a paz que vinha sendo mantida entre Washington e Moscou. Eisenhower criticava a repressão em Budapeste, na Hungria, e teve que provar que era contra a invasão a Israel. Os Estados Unidos tentaram várias vezes fazer os europeus mudarem de idéia e retirar os ocupantes do Egito, ao mesmo tempo que Khrushchev demandava respostas. Os Estados Unidos, inclusive, tentaram, a 30 de Outubro de 1956, levar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a petição de retirada das tropas do Egito, mas França e Reino Unido vetaram a petição. Por outro lado, a União Soviética era favorável à retirada porque queria estreitar laços com os árabes, e se aliou rapidamente à Síria e ao Egito.
A crescente pressão econômica estadunidense e a ameaça de Khrushchov de que "modernas armas de destruição" seriam usadas em Londres e Paris fizeram os dois países recuarem, e os aliados se retiraram do Sinai em 1957. Após a retirada, o Reino Unido e a França foram forçadas a perceber que não eram mais líderes políticos do mundo, enquanto o Egito manteve sua política nacionalista e, mais tarde, pró-soviética.

Aluna: Tuane Santana Candido Nº: 40
Turma: 2004

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